Ter crianças e ratos é muito diferente de comprar ratos para uma criança. Mesmo sendo uma das combinações mais fofas do mundo, é preciso ter cautela. Animais domésticos nunca devem ser usados de forma indiscriminada como ferramenta para ensinar uma criança a ser responsável.
É comum que algumas pessoas pensem em adquirir um ou mais ratos como o primeiro animal de estimação de seus filhos. Afinal, eles são pequenos, fofinhos, podem viver em gaiolas e são mais interativos do que hamsters ou tartarugas e, geralmente, são menos custosos que um cão ou um gato. Se a ideia é utilizar o animal como para transmitir valores para a criança, o faça com seriedade. Animais necessitam de cuidados e a criança precisa ter responsabilidade sobre eles. Essa responsabilidade depende da idade da criança e deverá ser orientada e estimulada por um adulto.
Crianças pequenas ainda não sabem distinguir o seu bichinho de pelúcia do animalzinho de estimação e podem machucá-lo ao apertar demais, jogar para o alto, derrubá-lo, empurrá-lo ou mesmo bater para recriminar algo que tenha feito. Essa relação pode causar danos físicos ao animal e à criança. Nessa situação, o adulto tem que estar sempre muito atento, procurando conversar com a criança sobre como lidar com os ratos, do que eles gostam e o que pode machucá-los. A criança pode ficar encarregada, com a indispensável ajuda do adulto, de limpar a gaiola, dar comida e fazer carinho.
A responsabilidade que a criança terá ao cuidar do seu animalzinho desenvolve a autonomia, afetividade e os mais diversos sentimentos como alegria, frustração e respeito. Entretanto, tenha atenção para que os cuidados de relacionamento não se tornem uma obrigação para a criança. Ela deve estar consciente de que os animais precisam de respeito e carinho, assim como qualquer outro relacionamento.
O convívio com o animal de estimação influenciará nas relações futuras com os amiguinhos. A criança que convive com animais de estimação é mais afetuosa, sociável, justa e não é individualista. Além do contato com os sentimentos que precisará para lidar com outras pessoas, o animal pode trazer a experiência da perda. A criança aprenderá sobre o ciclo da vida, desde o nascimento até a morte e o quanto isso é natural.
Se você está pensando em presentear uma criança com uma dupla ou mais ratos, estude muito bem antes. Especialistas afirmam que o ideal é que este "presente" seja dado para crianças que tenham, no mínimo, dez anos. Além disso, é preciso observar a personalidade do seu filho e ver se os ratos serão animais realmente interessantes. Mostre fotos e vídeos, e não se esqueça de questionar a opinião deles.
É absolutamente necessário vigiar bem de perto o contato entre crianças e quaisquer animais. E tenha certeza de que ambos entendam como se comportar entre si. Uma criatura viva precisa e merece ser tratada com muito mais cuidado que um brinquedo.
Lembre-se: crianças e ratos só podem permanecer juntos sob a supervisão de um adulto. Aliás, sempre supervisione crianças com quaisquer animais de estimação.
Lembre-se: crianças e ratos só podem permanecer juntos sob a supervisão de um adulto. Aliás, sempre supervisione crianças com quaisquer animais de estimação.
Adaptado de I Love My Ferret e Guia do Bebê.